segunda-feira, 4 de julho de 2011

Que resposta você daria?

Houve um tempo quando o crente era discipulado ao frequentar uma igreja. Durante um tempo ele era apresentado aos ensinos básicos, primários, necessários à edificação da sua compreensão sobre a fé cristã. No discipulado, boa parte das crendices trazidas de outros sistemas de fé era refutada e o discipulador dava, então, a razão da esperança cristã.


E hoje, se alguém lhe perguntasse: ― Sua igreja faz bem a você? Certamente a resposta seria “sim”. Mas a pergunta seguinte poderá ser embaraçosa: ― Por que devo aceitar a sua fé, se a minha também faz bem a mim?

O muçulmano sente-se bem na sua fé, no sistema que vive, embora nós cristãos vejamos inúmeros problemas éticos, morais, teológicos e mesmo raciais no islamismo. Pergunte ao kardecista e ele dirá que se sente muito bem sendo espiritualista. Nós cristãos nos apressaríamos em dizer que a reencarnação não existe, que a Bíblia diz que depois da morte segue-se o juízo, conforme lemos em Hebreus 9.27; que o modo de interpretarem certas passagens bíblicas não está de acordo com as regras universais de hermenêutica, que é disciplina que lida com a interpretação e aplicação de textos antigos e sagrados. Que Alan Kardec não foi discípulo de Jesus e, portanto, não poderia escrever um evangelho. Mas ele dirá coisas igualmente chocantes a nós, de modo que o sentir-se bem não é parâmetro para escolher nem para definir a permanência nesse ou naquele sistema de fé.

Amplie as alternativas e pense no macumbeiro, no umbandista, no budista, no hare krishna, no “sem-religião” e tantos outros, e ouvirá de todos que estão satisfeitos em suas religiões, que se sentem bem na própria comunidade (ou fora dela).

Então qual o “por que” da igreja? Por que a fé cristã é relevante? Se o conforto, o bem estar e a comunhão entre seus pares também são elementos encontrados em tantos outros sistemas de fé (e em doses até maiores), por que você optou pela Igreja?

Algumas igrejas são esquisitas, alguns pastores têm má fama, o dízimo parece ser uma imposição absurda, a instituição já tem dois mil anos. Há coisa melhor em nossos dias? O que o leva a ser cristão, a confessar-se evangélico? Riqueza? Há grupos mais ricos. Bem estar? Todos afirmam sentirem-se bem. Salvação? Ninguém duvida estar no lugar certo e cada um tem suas próprias razões e justificativas a apresentar.

Se você tem uma boa justificativa à partir da Bíblia, muito bem. Se quiser falar a respeito comigo, use o email magnop@terra.com.br

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